quarta-feira, 10 de junho de 2009
Jack White - Nem um pouco o Rockstar do seus pais.
Sempre imprevisível e nunca menos do que interessante Jack White quebrou regras no rock moderno. Justifica-se, pois:
Ele não se importa em sentar no banco de trás , literalmente:
Em sua nova banda, Daed Weather, Jack é o baterista. Ele deixa os holofotes para Alison Mosshart ( do The Kills ). A história do rock é cheia de momentos onde o frontman temporariamente deixa seu posto para encarar projetos solo, Mick Jagger, Tom Yorke – mas esses movimentos são geralmente uma separação temporária da banda, quase uma forma de dizer “a banda é minha e eu faço o que eu quiser”. Mas ao colocar-se literalmente atrás da banda e jogar junto com um leadsinger que cospe fogo, White deixa claro que seu tempo afastado do White Stripes não é uma simples egotrip. ( A outra banda de White, The Raconteurs, é similarmente democrática.). Com certeza White tem uma boa auto-estima, mas ao tirar seu nome do topo do cartaz e subsumir sua identidade e talento é o aliviante reverso daquilo que se espera de caras de seu calibre.
Ele se importa com coisas menores:
Quando pensamos em ativismo no rock and roll nos vem a mente Sting e a sua floresta tropical, ou Bono contra o FMI. Ao contrário destes grandes pensadores, Jack opta pelo localismo. Ele faz parte do Conselho Municipal da Música de Nashville, um painel que define as políticas de sua cidade natal em relação a música, o que pode parecer pouco, mas White está atualmente ativamente empenhado na construção de um novo anfiteatro para a cidade. Bono fala com o papa, White, com o prefeito.
Ele cria mitos:
O nome real de Jack White é John Gillis. Por anos, ele fingiu que sua ex esposa era sua irmã. Diz-se que foi casado por um xamã em uma canoa no rio Amazonas. Suas bandas são tanto projetos conceituais quanto entidades musicais. E imaginação é o que não lhe falta. Comparado com seus contemporâneos de trinta e poucos anos, como Billie Joe Armstrong – que cultivam a idéia de que falam por ou para nós, meros fãs – Jack é calado e misterioso e parece não se importar que seu discurso pareça comum.
Ele se tornou um rockstar moderno fingindo que o mundo moderno não existe:
A música de White é enraizada em estilos – rockabilly, blues, garage rock – que já estavam empoeirados quando ele nasceu em 1975. Com certeza há precedentes de músicos que evocaram estilos antigos, como Beck em Odelay. White usa equipamentos analógicos, e o álbum Elephant foi gravado num estúdio em Londres com equipamentos dos anos 60. Ele não é, portanto, muito bem o tipinho auto-tune.
Ele é casado com uma modelo:
Bom na verdade, isso é bem o tipinho rock star, mas convenhamos que ele fez por merecer.
Fonte: Spin
Tradução: Plano B
Plano B – Traduzindo e com insônia.
http://www.whitestripes.com/
http://www.theraconteurs.com/
http://www.thedeadweather.com/
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