segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sobre o Plano





































Sobre o Plano. O Projeto Plano B foi concebido abrangendo uma gama de áreas de atuação, definindo objetivos a serem perseguidos e valores a serem defendidos.

Acima de tudo e essencialmente o Plano B surgiu para atrair e congregar pessoas que, embora diversas entre si, teriam em comum, conscientemente ou não, uma inclinação a valorizar a estética, o respeito à individualidade, e uma conseqüente aversão à cultura massificada e imposta.

Da mesma forma que o Plano B defende que a cultura parte do individuo, procuramos sempre dar espaço para que em nosso ambiente esses indivíduos criassem cultura, uma cultura local espontânea que só pode existir onde a opressão da cultura de massa predominante não a sufocasse.

O Plano B permitiu que se ouvisse o que o outro tinha a dizer, permitiu que boa música criasse empatia entre aqueles aos quais boa música importa. O Plano B se fez confortável porque a cultura que ali se vivenciou é a cultura da tolerância e respeito. E o Plano B fez as pessoas se abraçarem e cantarem juntas álbuns inteiros, em uníssono, em celebração a essa mesma cultura que predominou em suas noites.

Por ser desta forma um local feito para e freqüentado por humanos, no Plano B se errou. Erra-se muito quando se foge ao imposto, quando nos dispomos a criar espaço. Erramos sempre tentando acertar, em parte por defender sempre que antes de ser empresa, somos associação, Porque em casos onde a profissionalização significaria impessoalidade, fomos um pouco mais gente e menos profissionais.

Após dois anos sentimos que fomos de fato, na maioria do tempo, um Plano B para pessoas que gostamos e para tantos novos amigos.

A dificuldade de se manter fiel à cultura alternativa é real tanto em Criciuma quanto em Nova Iorque. Oferecer produtos superiores a preços justos, procurar oferecer atrações de qualidade a preços possíveis sempre foram para nós um compromisso, e um constante desafio.

Por razoes diversas se tornou inviável continuarmos em nosso espaço, e aproveitamos esse momento para revisarmos nossas metas, para traçar novas estratégias que nos permitam atuar em áreas que fazem parte do projeto original.

Porque Criciuma precisa de espaço para que a cultura alternativa respire, para que as pessoas que gostamos e com as quais compartilhamos tanto possam estar juntas, e porque há tanto o que se defender numa cidade acostumada ao banal, e para que a opressão do cotidiano não tenha voz aos nossos ouvidos, o Plano B não acabou.

O Plano B não é seus criadores, seus administradores, e sequer é um prédio, uma casa. O Plano B é a disposição de pessoas em repudiar a mediocridade. Enquanto houver em nossa cidade a voz dissonante que se ouviu na Cônego Aníbal nestes dois anos, haverá a necessidade de um Plano B.

Por isso superaremos nossas dificuldades, revisaremos nossas estratégias, aprimoraremos nossos processos e mais cedo do que logo estaremos de volta, renovados, descansados mas não menos comprometidos a ser o Plano B de Criciuma.

Plano B. Loucura né.

4 comentários:

Marie disse...

É isso aí! O Plano B tem mta história ainda pela frente. Criciúma sem Plano B no havis

Drigo Barata disse...

chorei de tao lindo que acheio falar do digão.
nao é a toa que tu diGÃO recebeu a merecida homenagem HOMEM CONTEMPORANEO
ELE PENSA LONGE, E MUITO EM FRENTE
chorei de pena em ver o nosso planob, .mas decerteza digaõ vai voltar,... mesmo que seja com o plano c bjs

Drigo Barata disse...

sorry, mas meu comentario saiu com digão disse.
mas..... nada fui euzinha mesmo tua fã que escreveu bjs

FelipeFontana. disse...

você sabe emocionar uma pessoa. OHIEAeiheahioeioea

saudades mil do plano!